Cursinho da Poli



Fundado em 1987, por iniciativa do então diretor da Escola Politécnica, Prof. Dr. Décio Leal de Zagótis, e dos diretores do Grêmio Politécnico, o Cursinho da Poli nasceu com a ideologia de auxiliar alunos de baixa renda, que não tinham condições mínimas de custear um cursinho pré-vestibular comercial. Foi em cima dessa base que o projeto conseguiu alguns apoios, porém em meados de 1992, na Gestão do então Diretor da Escola Politécnica, Profº. Dr. Romeu Landi, houve a retirada de apoio da escola, fato que dificultou muito o andamento do cursinho, dado que houve perda de espaço. Porém, o projeto não chegou ao seu final, mas passou alguns anos operando com a quantidade mínima de alunos, já que o Grêmio não possuía saúde financeira suficiente para manter ou ampliar o projeto.

No ano de 1997, houve uma gestão que começou o processo de reestruturação do Grêmio. Para isso, foram criadas fontes de financiamento através de outras atividades que começaram a ser realizadas pelo Grêmio. A Escola de Idiomas, por exemplo, que se tornaria uma das fontes de renda de todos os projetos da entidade, possibilitou uma revitalização ao projeto cursinho no meio de 1997. No ano seguinte, com uma situação mais estável, foi possível aumentar a quantidade de vagas, chegando a 250 vagas, e depois saltando para 850 em 1998. Em seu auge, nos anos 2000, o cursinho atingiu um número recorde, com 10.000 inscritos no processo seletivo.

Tal crescimento justificou a criação do Instituto Grêmio Politécnico para Desenvolvimento da Educação (IGPDE). A idéia deste instituto era criar estabilidade na administração do cursinho frente às mudanças nas gestões do Grêmio, além de melhor administrar o curso. Todavia, esta iniciativa acabou por desvirtuar o cursinho por conta do distanciamento entre o Grêmio e seu projeto. Como consequência do IGPDE, o cursinho, antes de cunho social, tornou-se apenas mais um cursinho comercial, excluindo a participação do Grêmio por completo.

A partir de 2006, retomando o que foi proposto em 1987, o Cursinho volta a ser gerido pelo Grêmio Politécnico e administrado por alunos da Escola Politécnica. As aulas são ministradas em sua maioria por estudantes que veem neste projeto social uma forma de ajudar pessoas financeiramente carentes a se prepararem para os melhores vestibulares do Brasil, como USP e UNICAMP. Contando com 25 professores, cerca de 40 plantonistas, 7 coordenadores e dois funcionários que ensinam as matérias básicas cobradas no vestibular.


Nota do Autor: Texto extraído do site do cursinho em JAN/2017.